sábado, 8 de maio de 2010

esse é pra joanne

e ouvi um assovio no meio da madrugada... não sei de onde veio a melodia suave mas assim que atravessou minha janela pude perceber que tocava em mim com uma brisa fresca pela chuva que caía de leve e o vento que balançava as árvores. não resistindo ao chamado fui até à janela e nada vi... mesmo assim respondi com outras notas que me foram respondidas por mais algumas... nunca as tinha ouvido, mas me pareceram familiar.
logo em seguida, uma mensagem dizendo: ai, vc tinha que estar aqui! esse aqui é do outro lado, onde muito dificilmente eu estaria em poucos minutos. mas mais que a alegria de receber foi o que me permiti responder: nem me fale. saudades disso tudo! estou de volta pra vida. vc pode me esperar pra me fazer companhia?
e a chuva começava mais forte e parava de repente como um aviso que limpava o ar pra seguir em frente.
mas choveu de novo, e daí não consiguia ouvir o assovio. quando ela passar pode ser que ele não esteja mais cantando.
ele parou junto com a chuva forte e só se ouvia naquele momento os pingos no chão e das folhas sendo molhadas.
e chuva parou de vez. e ficou o silêncio das horas. que passavam. e o silêncio de mim que esperava algum ruído pra chamar a atenção.
mas fiquei com o barulho do meu silêncio que me preenchia aos poucos. e aí veio a frase: Azul que é pura memória de algum lugar.
é porque mesmo o silêncio é feito de barulhos e ruídos e música e tudo mais que tenha gosto, cheiro, textura, cor e qualquer coisa que te traga a lembrança da memória de algum dia.

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